CPI do Consórcio Guaicurus segue com cobranças firmes: Vereador Junior Coringa questiona falta de fiscalização e descumprimento de contrato
- 06/05/2025
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Nesta segunda-feira, 05 de maio, foi realizada a 2ª oitiva da CPI que investiga o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo de Campo Grande. Desta vez, foi ouvido o presidente da AGEREG (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados), José Mario, que responde pela fiscalização e regulação do transporte público na Capital.
Durante a oitiva, o vereador Junior Coringa foi enfático nas cobranças e solicitou requerimentos fundamentais para o andamento da CPI. Entre os pedidos, está a relação dos quatro fiscais responsáveis pela fiscalização do Consórcio, informações detalhadas sobre as 7 multas aplicadas ao Consórcio Guaicurus, além de um relatório técnico da mecânica que mostre a real condição da frota, incluindo idade média dos ônibus.
“Em quatro meses de gestão, com um orçamento de R$ 9 milhões por ano, a AGEREG já teve tempo suficiente para se estruturar e começar a cumprir com sua responsabilidade de fiscalizar o transporte público. Não podemos aceitar que a população continue sendo penalizada pela omissão de quem deveria garantir um serviço de qualidade”, afirmou Junior Coringa.
O vereador também questionou o presidente da AGEREG sobre a atuação da ouvidoria nas comunidades. A resposta surpreendeu: até agora, a atual gestão da agência não foi ouvir a população nos bairros. Outro ponto grave foi a falta de informações sobre a quantidade de ônibus com ar-condicionado circulando atualmente na cidade — o presidente admitiu que não tinha esses dados.
Ainda segundo José Mario, são 460 ônibus em operação atualmente, sendo 60 mantidos como reserva, e há um déficit de 90 veículos. O mais alarmante: dos 460 em circulação, 300 precisam ser substituídos, pois a idade média da frota ultrapassa 7 anos, quando o contrato estipula idade média máxima de 5 anos.
Diante disso, o próprio presidente da AGEREG reconheceu que o Consórcio não está cumprindo o contrato. Para o vereador Junior Coringa, isso reforça a obrigação da AGEREG de agir com firmeza: “Se o Consórcio não cumpre, cabe à agência reguladora exigir o cumprimento. Não podemos mais fechar os olhos para o descaso com o transporte público”, concluiu.
A CPI segue em andamento, e Junior Coringa garantiu que continuará vigilante e cobrando com firmeza para que os interesses da população sejam respeitados.